Olímpicos | Recordes batidos, portugueses fora das medalhas e o reconhecimento de Usain Bolt

O nono dia de provas nos Jogos Olímpicos do Rio não deu sorte aos atletas portuguesas. As esperanças na maratona foram logradas, restando a persistência de Dulce Félix que terminou em 16º lugar e salvou a honra do convento. Sara Moreira e Jéssica Augusto desistiram da competição devido a lesões. A prova foi ganha por Jemina Sumgong, do Quénia. No triplo salto Patrícia Mamona bateu o recorde nacional, alcançando o sexto lugar na competição

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ara Moreira, campeã europeia da meia maratona, garantiu estar a cem por cento sempre que questionada sobre os efeitos que a “pequena inflamação na zona do osso” poderiam ter no seu desempenho. No domingo, a atleta do Sporting abandonava a prova sem sequer ter completado sete quilómetros, saindo assim da sua terceira participação olímpica, sem glória.
Jéssica Augusto também abandonou a corrida devido a uma forte dor na virilha. A atleta tinha sido sétima classificada em Londres 2012.
Dulce Félix manteve-se na prova e apesar do intenso calor cumpriu à risca o plano traçado, mantendo a passada e crescendo ao longo do percurso. Terminou na 16ª posição, a 6.35 minutos da vencedora Jemina Sumgong, do Quénia. A maratonista portuguesa tinha ficado no 21º lugar em Londres, subiu agora cinco lugares.
Sumgong que fez o tempo de 2,24,04, não era uma desconhecida, mas foi com surpresa que a atleta foi batendo, na parte final da corrida, outras mais cotadas como Eunice Kirwa, do Bahrain, (2.24.13) e sobretudo a etíope Mare Dibaba (2.24.30), respectivamente segunda e terceira classificada.

O relâmpago Bolt

O atletismo concentra nomes maiores do desporto e um deles é Usain Bolt. No domingo voltou a reforçar a razão pela qual é um dos grandes, ao conquistar pela terceira vez a medalha de ouro nos 100 metros na final do Rio 2016. Um feito inédito.
Com efeito, o norte-americano Justin Gatlin partiu melhor e chegou a dar a sensação de que ia ganhar, mas depois viu o relâmpago Bolt passar e acabou em segundo, com 9,89, à frente do canadiano Andre de Grasse (9,91).
Mas há mais recordes. O sul-africano Wayde van Niekerk, que fez 43,03 segundos nos 400 metros. O atleta de 24 anos corre também na prova dos 200 metros. Van Niekert ‘destroçou’ por 15 centésimos um recorde que já tinha 17 anos, conseguindo assim um dos melhores registos do atletismo no século XXI.

Murray revalida título

No ténis, foi preciso esperar mais de quatro horas para que se definisse o desfecho da final entre o britânico Andy Murray e o argentino Juan Martin del Potro.
Murray tornou-se no primeiro tenista a conservar o título, mas Del Potro, que no torneio afastou o sérvio Novak Djokovik e o espanhol Rafael Nadal, deu-lhe muito que fazer. O britânico derrotou del Potro em quatro sets, pelos parciais de 7-5, 4-6, 6-2 e 7-5.
A modalidade coroou também mais dois pares, na sua jornada final: as russas Ekaterina Makarova e Elena Vesnina em pares femininos, e os norte-americanos Bethanie Mattek-Sands e Jack Sock, em pares mistos.

Biles soma pontos

Depois de ajudar os Estados Unidos no triunfo colectivo de ginástica desportiva e de conquistar o concurso completo individual, Biles foi a melhor no salto de cavalo e promete continuar.
Este domingo a jovem texana de 19 anos, tornou-se a primeira afro-americana a sagrar-se campeã, chegou aos 15,966 na final de aparelho muito à frente da russa Maria Paseka (15,242).
Biles deixou escapar uma das finais por aparelhos, as paralelas assimétricas, onde é mais fraca, que ficou para a russa Alya Mustafina, a revalidar assim o seu título olímpico e a conseguir a sétima medalha da carreira.

Prova de vida

A portuguesa Patrícia Mamona disse no domingo estar orgulhosa por ter feito a prova da sua vida no triplo salto, na qual foi sexta classificada, com novo recorde nacional.
“Foi a prova da minha vida”, afirmou Patrícia Mamona, após alcançar um novo recorde nacional, com 14,65 metros.
Apesar do sexto lugar, a atleta do Sporting acreditou sempre que podia chegar a uma medalha, mas mesmo não conseguindo, disse estar “muito orgulhosa” do seu trabalho e do treinador. “Senti muito o apoio do público, queria mais como é óbvio, queria ser a menina bonita que ganhou uma medalha, mas fui a menina que fez o recorde pessoal”.
Susana Costa também estava satisfeita com a sua prestação que lhe valeu o nono lugar. A atleta, que saltou 14,12 metros, disse que “foi uma final boa. É pena ter entrado com dois nulos, mas estou feliz com a minha prestação”, afirmou a saltadora, de 31 anos, depois de concluída a sua estreia em Jogos Olímpicos.
A colombiana Caterine Ibarguen venceu a prova com 15,17 metros, seguida pela venezuelana Yulmar Rojas, com 14,95, e pela cazaque Olga Rypakova, com 14,74.

Derrota lusitana

A portuguesa Telma Santos somou no domingo a terceira derrota em outros tantos encontros no torneio de badminton, ao despedir-se com novo desaire frente à belga Tan Lianne, por 2-0. Também Pedro Martins tinha sido eliminado ao sofrer a segunda derrota no torneio, perante Ka Long Angus NG, de Hong Kong, por 2-0.

Trigémeas em estreia

Nascidas no dia 15 de Outubro de 1985, na Estónia, Leila, Liina e Lily Luik foram as primeiras trigémeas a participarem nuns Jogos Olímpicos. Lily foi a melhor das três, terminando na 97.ª posição depois de percorrer os 42,195 quilómetros em 2:48.29 horas, a mais de 24 minutos da vencedora, a queniana Jemina Sumgong. Leila, a trigémea que partia com a melhor marca, foi 114.º classificada, e Liina desistiu pouco antes da passagem aos 20 quilómetros.

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