Longas filas e protestos marcam arranque da Disney em Xangai

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ongas filas de espera para atracções deterioradas e problemas no momento de atender as reclamações dos visitantes estão a gerar críticas ao novo parque da Disney em Xangai, dois meses após o seu arranque.
Segundo a agência China News Service, nos últimos dias, vários visitantes passaram até duas horas à espera para experimentar atracções, que viriam a descobrir estarem “encerradas para manutenção”.
O jornal oficial China Daily revelou que, na quarta-feira, sucederam-se vários “protestos generalizados”, depois de cinco atracções no parque terem encerrado, sem aviso prévio.
Responsáveis da Disney atribuíram o encerramento a “condições imprevisíveis”, relacionadas com “necessidades operacionais e de manutenção”.
A imprensa chinesa relatou também queixas de muitos dos visitantes afectados, a quem o pessoal do parque tentou trocar o bilhete para outro dia, quando pediram a devolução do dinheiro à entrada.
A estas queixas unem-se informações anteriormente publicadas, que dão conta de más condições nas fábricas chinesas que colaboram com a multinacional norte-americana.
Num relatório intitulado “O lado obscuro da Disney”, a organização China Labour Watch relata que numa fábrica de Cantão, encarregue de produzir artigos para parques da multinacional em todo o mundo, os operários trabalham 66 horas por semana, por um salário inferior a 300 dólares por mês.
O Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, assinalou mesmo que existe uma “queda do entusiasmo” com a presença da Disney em Xangai.
Inaugurada em Junho passado, com um custo de construção fixado em 5.500 milhões de dólares, a Disneyland Shanghai é o sexto parque temático da multinacional e o primeiro no continente chinês.
 

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