Japão admite instalar sistema antimísseis norte-americano

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ministério de Defesa do Japão está a estudar adoptar o sistema antimísseis norte-americano THAAD, que Seul e Washington deverão instalar em 2017 em território sul-coreano, em resposta aos continuados testes de lançamento de mísseis do regime norte-coreano.
O Japão está a avaliar a possibilidade de implantar o Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) como parte do seu plano para melhorar o sistema de interceptação de mísseis”, informou ontem a estação pública japonesa NHK.
A Defesa tinha previsto pedir um reforço de verbas para esta operação no próximo ano, mas decidiu destinar parte do segundo orçamento suplementar do corrente ano fiscal para este fim, explicou a estação japonesa.
O Ministério da Defesa decidiu adiantar o programa porque considera que a Coreia do Norte representa uma grave ameaça para a segurança nacional do Japão.

Alta actividade

Pyongyang realizou vários lançamentos de mísseis de longo, médio e curto alcance desde o início do ano.
Após o quarto ensaio nuclear norte-coreano, a 6 de Janeiro, seguido, a 7 de Fevereiro, do lançamento de um ‘rocket’, considerado o ensaio disfarçado de um míssil de longo alcance, o Conselho de Segurança da ONU adoptou sanções mais pesadas a Pyongyang.
Já na semana passada, a 5 de Agosto, a Coreia do Norte disparou dois mísseis de médio alcance, um dos quais caiu a 250 quilómetros da costa japonesa e em águas da zona económica especial (ZEE), o mar patrimonial do Japão.
O primeiro impacto em 18 anos de um projéctil norte-coreano em águas da ZEE do Japão gerou fortes protestos de Tóquio, que considerou haver ameaça à segurança das suas actividades marítima e aeronáuticas.
Alguns dos testes realizados por Pyongyang nos últimos meses foram levados a cabo a partir de plataformas de lançamento móvel (TEL) que, no caso de serem desenvolvidas com êxito, ampliariam as suas capacidades de ataque ao dificultar a detecção dos projécteis.
 

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