Mong-Há | Deputado questiona ausência de pólo cultural

Depois da inauguração do espaço “Anim’Arte Nam Van”, o deputado Si Ka Lon critica a falta de novidades em relação ao anunciado pólo cultural de Mong-Há, onde se situam as vivendas na Avenida Coronel Mesquita

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] deputado Si Ka Lon defendeu ao jornal Ou Mun que o Governo deve prestar mais atenção ao desenvolvimento cultural e artístico da zona de Mong-Há, uma semana após a inauguração da zona de lazer junto ao lago Nam Van, intitulada “Anim’Arte Nam Van”. Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado lembrou que o projecto pensado para a zona de Mong-Há continua por desenvolver, apesar de ter sido prometido nas Linhas de Acção Governativa (LAG).
Por se tratar de uma zona que abrange a Avenida Coronel Mesquita e as tradicionais vivendas de traço colonial, o deputado Si Ka Lon considera que os departamentos públicos devem reforçar a sua cooperação e diminuir as burocracias, para que se possa avançar com o aproveitamento destas casas. Si Ka Lon disse ainda que não houve avanços quanto a esta promessa e que o projecto poderá demorar anos até que seja concretizado.
Ao mesmo jornal de língua chinesa falou Lam Fat Iam, presidente da Associação da História Oral de Macau, que defendeu que a zona de Mong-Há possui muitos recursos turísticos, apelando ao Governo a que não discuta a questão apenas no papel.
Lam Fat Iam referiu que o Governo precisa de apostar em mais mão-de-obra para tratar de toda a documentação histórica relacionada com a zona de Mong-Há, defendendo que, sem esse acervo documental, a transformação em pólo cultural não será um projecto perfeito.

No papel

Em Outubro do ano passado, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse existirem planos para reaproveitar os recursos turísticos e culturais na zona de Mong-Há, as quais incluíam as 12 moradias tradicionais. A ideia seria criar uma nova zona de turismo com uma forte ligação à cultura.
A ideia contida nas LAG fazia referência à realização de um “planeamento geral sobre o conjunto das vivendas situadas no cruzamento entre a Avenida do Coronel Mesquita, a Estrada do Coelho do Amaral e a Rua Francisco Xavier Pereira”. Estará a ser pensada a criação da Casa Memorial de Xian Xing Hai, para que a zona possa albergar um museu para atrair turistas. Alexis Tam prometeu um prazo de dois a três anos para a reutilização destas vivendas, com a inclusão do templo, do Forte de Mong-Há e do espaço artístico Armazém do Boi. O Secretário da tutela prometeu novas informações sobre a área até finais do ano passado, mas, meses depois, nada de novo foi avançado.

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