Niel Wong, profissional de comércio electrónico

Gosta de fazer dinheiro e tem muitas ideias. O jovem Niel Wong teve uma boa formação em Macau e na Europa e está a desenvolver-se na área de IT e comércio electrónico, sendo que está prestes a ser o seu próprio patrão.  
Desde a infância que Niel foi instigado ao desenvolvimento. “Na minha família, todos os adultos são empresários e os meus pais gostam de fazer negócios. Dentro desta atmosfera, naturalmente também gosto de fazer dinheiro”, conta-nos, mostrando que a sua determinação é grande.
A ideia de Niel em estudar Gestão Empresarial surgiu nos primeiros anos da escola secundária.
Niel estudou Comércio Electrónico na Universidade de Macau (UM). Quando questionado sobre o que o impressionou, Niel confessa-nos que não foram os estudos, mas sim a criação de uma associação de alunos de comércio electrónico, onde foram organizadas várias actividades, tais como uma competição de IT.
“Para um projecto correr bem, é preciso cooperação com os colegas e, sendo o presidente, tive de motivar todos a trabalhar comigo. Ainda bem que a competição correu bem e ganhei também na amizade, porque até ao momento mantenho contacto com os concorrentes”. 
O jovem natural de Macau confessa-nos ainda que ficou “rico em experiências” ao viver no estrangeiro. No terceiro ano da licenciatura, teve meio ano em Amesterdão, na Holanda, onde fez intercâmbio. Partilhou connosco que gostava de passar tempo na Faculdade de Business da universidade, conversando com colegas e professores. Mas admitiu que não foi um estudo muito sério. Nessa altura, o foco foi perceber mais o que fazem os europeus.
Quando voltou a Macau, antes de acabar o curso de licenciatura, começou a acreditar que consegue ver mais do mundo lá fora, além Macau. Assim candidatou-se ao curso de mestrado de Gestão Internacional na Universidade de Londres, onde passou dois anos da sua vida.
“Depois de viver na Europa, fiquei admirado com o facto de a economia da Inglaterra e da Holanda serem muito maiores que a de Macau. Pelo ângulo de um profissional, Macau não é o melhor sítio para ganhar dinheiro, porque aqui pode-se desenvolver qualquer negócio só porque se conhecem muitas pessoas, mesmo que não se tenha muitos conhecimentos. Vejo isso também porque as indústrias focam-se no Jogo, unicamente, e não conseguem atrair talentos de diferentes lados do mundo”.
Para Niel, Macau é tão pequeno que para aprender muito, só quando se está lá fora. Primeiro, a cultura e os hábitos diferentes. “Os estrangeiros costumam ter festas nas noites de sexta-feira. No início, não me habituei a isso, mas tive que me habituar o que demorou vários meses.”
Além disso, por ter estado lá fora, Niel compreende de forma mais abrangente a China. “Em Macau, leio mais os média de Hong Kong que mostram a imagem da China de forma negativa, mas na Europa, quando os europeus estudam a economia e dão exemplos, a China é sempre a primeira escolha, tanto a situação económica como os métodos de gestão. Eles olham para a China de forma competitiva, mas não de forma negativa. Portanto isso mudou a minha impressão sobre a China”. 
Actualmente Niel está a trabalhar como gerente de projecto de IT na companhia Laxino Systems, sendo responsável pela investigação e desenvolvimento de produtos de jogo electrónico, que serve o sector de Jogo.
Niel está sempre atento ao que acontece em Macau e Hong Kong, mas o que atrai mais o jovem é a área comercial.
“Quando leio jornais, a primeira coisa que tento perceber é se há a oportunidades de desenvolver qualquer coisa. Mas Macau é pequeno e a maioria das notícias [em Chinês] são muito aborrecidas”.
Mesmo que tenha estudado no estrangeiro, o jovem considera que o que a UM ou as universidades da Ásia ensinam não diferencia muito das instituições ocidentais, porque os modelos académicos são semelhantes.
Apesar disso, “o mundo é grande”, como nos diz Niel, e a sua sugestão para outros jovens que tenham capacidades especiais é que se desenvolvam no estrangeiro. 
Mas o jovem profissional prefere manter-se em Macau porque tem mais tempo para a sua família. “Toda a minha família está em Macau, as minhas raízes estão cá e, de facto, receio o sentimento de mudança, portanto desenvolvo-me no meu território”, confessa-nos.
E Niel Wong tem já pano para mangas no que a esse desenvolvimento diz respeito. Está a preparar-se para abrir uma empresa de consultoria de comércio electrónico e quer realizar as ideias que estão sempre a pairar na sua cabeça.
“Estou a pensar em fazer umas coisas que todos podem usar na sua vida diária. Mas por agora não posso revelar”.
Nos tempos livres, o jovem costuma relaxar durante encontros com amigos, jantar ou beber um copo. Mas o que considera importante é saber o que há de novo, o que os outros têm para contar e o que planeiam para o futuro. Afinal, diz, tudo é possível através de um “brainstorming” em conjunto.

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