MUST oferece nova licenciatura em Farmácia

A MUST vai oferecer, já no próximo ano lectivo, uma licenciatura em Farmácia. Fica, no entanto, a dúvida sobre se o novo curso vai permitir que os recém-licenciados exerçam funções enquanto Farmacêuticos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglesa) vai oferecer uma nova licenciatura em Farmácia a arrancar no ano lectivo 2016-2017. O curso tem a duração de cinco anos e é ministrado em chinês e inglês. No entanto, desconhece-se ainda se o conteúdo deste curso possibilita o exercício da profissão de Farmacêutico.Farmácia
De acordo com despacho publicado em Boletim Oficial, o curso obriga à conclusão de 185 créditos, a maioria constante do quadro de ciências exactas. Os alunos podem escolher de entre uma série de matérias, incluindo Microbiologia, Química da Medicina Tradicional Chinesa, Química Medicinal, Experiências de Anatomia e Fisiologia, entre outras. Esta nova licenciatura em Farmácia inclui ainda uma série de disciplinas das Ciências Sociais e das Humanidades e um estágio em Farmácia, de 900 horas e que dá direito a 30 créditos.

Falta de reconhecimento

Recorde-se que outras universidades locais – como o Instituto Politécnico de Macau – oferecem cursos na área de Farmácia, mas estes não são reconhecidos pelos Serviços de Saúde como cursos de acesso à profissão de Farmacêutico. “Os alunos que concluíram esta licenciatura [em Ciência de Técnicas Bio-Médicas] não podem ser inscritos como farmacêuticos, mas podem ser inscritos como ajudantes técnicos de farmácia. Quer a nível internacional, quer em Macau, os ajudantes técnicos de farmácia / técnicos de diagnóstico e terapêutica exercem as funções sob orientação de farmacêuticos. São auxiliares dos farmacêuticos”, referiram os SS há cerca de quatro meses em comunicado. A questão surgiu por via de uma interpelação escrita de Chan Meng Kam. O deputado criticava o facto dos recém-licenciados daquele curso não poderem exercer funções como farmacêuticos na RAEM, mas serem autorizados a fazê-lo no continente. O HM tentou obter mais informações sobre as saídas profissionais do curso junto do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.

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